terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Doce Caio #1



E eu estava só começando a entrar num estado de amor por você. Mas não me permiti, não te permiti, não nos permiti.
Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Histórias da vida.

Quando conhecemos uma pessoa, insistimos na mania de construir uma imagem dela. Após certo convívio (ou de cara mesmo) nos apaixonamos. Com o passar dos dias, percebemos que essa imagem não tem a ver com o que essa pessoa é realmente, mas com o que gostariamos que ela fosse. Não construímos uma pessoa com defeitos, manias e má educação, e sim algo perfeito, algo que gostariamos que existisse, apesar de não admitirmos e mostrarmo-nos sempre dispostos a "aceitar" o conteúdo estragado. A relação vai acontecendo, até que em certo momento você percebe que ela não é nada daquilo que você imaginou, e fica culpando o tempo por ter te mostrado isso tão tarde. Pobre tempo ! A culpa não é dele, muito pelo contrário, nada melhor que o tempo para mostrar que as pessoas são imperfeitas. É fantasioso acreditar que conhecemos defeitos, qualidades e manias das pessoas logo de cara, ninguém se apresenta dizendo "Prazer, sou egocêntrico, ciumento, orgulhoso e insensível". As qualidades são apresentadas primeiro, na inútil concepção de apaziguar os estragos que os defeitos causarão posteriormente.
Após todas as frustrações ainda ficam as boas lembranças, aquelas que não deixamos ser encobertas pela tentativa fracassada de construir um relacionamento. Logo em seguida, vem a fase de se "auto culpar" por ter sido incapaz de viver uma história com alguém autentico. Sim, alguém autentico, porque aquela pessoa que você se apaixonou, sabe ? Aquela que jurou-lhe amor eterno, sinto dizer, mas ela é uma fraude e você caiu na armadilha do seu próprio coração. Mas calma... Agora não é hora de se desesperar, ao contrário, você fabricou essa pessoa e se apaixonou, agora você tem que se livrar desse projeto para se desapaixonar. Rabisque as qualidades e encha-a de defeitos, só assim irá perceber como você é demais para ela. É um caminho sufocante, árduo e longo. Para começar, você deve admitir para si mesmo que apaixonou-se por uma farça. Não deixe que no meio do caminho a fádiga tome conta da sua capacidade de superação, aprenda com os seus erros e permita que as situações que você vivenciou sirvam de lição para os outros (e para si mesmo). Se sua frustração for muito grande, seja desonesto também, assim como essa pessoa foi com você. Após se importar, não deixe transparecer sua tristeza, aproveite a oportunidade para dar o troco, manipule e depois jogue fora. Tá, confesso... Dar o troco, manipular e jogar fora são palavras muito fortes, então ao invés disso, torne-se um professor, pois essa é a única oportunidade que você tem para transmitir tudo o que aprendeu à essa outra pessoa. Assim ela não errará novamente... Ou errará por opção.
Quando sua tarefa estive concluída, não guarde mágoas. As vezes a culpa nem foi sua por ter criado um personagem, muitas vezes as pessoas não estão contentes com o que são e elas mesmo se inventam na triste espectativa de um dia ser feliz usando uma máscara. Admita para você que esse personagem nunca foi importante, apesar de continuar amando-o, pois é muito mais fácil agir, quando sabemos com quem estamos lidando, mesmo que os resultados não sejam os esperados. Nosso coração é estúpido, burro e tolo, ele não escolhe quem vai amar, simplesmente ama e acabou.

(Para aquela que me fez assistir a existência do amor, Ellen Raboni)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Como entender #1

As vezes você não encontra palavras, não encontra gestos, não encontra posições.
As vezes você não sabe se portar sem demonstrar o que não quer... Ou o que quer.
As vezes você não quer que ele pense isso ou aquilo, mas não sabe como não faze-lo pensar.
As vezes quer se distanciar, outras agradece por despertar tamanho sentimento que o tras para perto de você.
As vezes é egoísta e empina o nariz por ser amada com tamanha grandeza e sinceridade, outras é piedosa demais e pede distância, causa distância e se faz de hipócrita para não ve-lo sofrer e /ou não te-lo perto de você.
As vezes vc prefere acreditar que o que ele sente por você não é real, mas outras (e na maioria delas) agradece por ser

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Se o que eu sinto por você for paixão, tudo bem, nessa eu dou um jeito. Mas se for amor, vishe, aí danou-se !
(Inspiração: Jamý Dantas)

alone, alone, alone... forever alone !

As vezes você pára e analisa uma situação, tentando encontrar o ponto onde errou para receber um final tão trágico. Você acabou se interessando pela pessoa errada, até descobrir que ela estava afim de outro. Como todas as outras vezes, você se culpa, se desmerece e acredita fielmente que o erro está em você, mas não sabe onde e nem como corrigi-lo.
Faz-nos sofrer esses lances não correspondidos, faz-nos derramar lágrimas e crucificar o amor. Aquele amor que muitas vezes nem entrou na história e saiu como o principal culpado. Talvez o erro das pessoas, esteja em   querer encontrar sempre o ERRO no algo alheio, nunca em si. Muitas vezes, ao final de um relacionamento (ou quase relacionamento), as pessoas choram não porque perderam um alguém que tanto amavam, mas pela frustração dos planos não terem dado certo. Sempre acreditei que uma boa maneira de aliviar esses sentimentos, é expondo-o à alguém, conversando, desabafando (apesar de eu mesmo não ser adepta disso). Os amigos tem palavras com um efeito danado de bom.
Uma frustração, uma situação, uma pessoa... Qualquer coisa pode te derrubar no chão, mas é você que escolhe se vai permanecer lá. O ideal é jogar os papéis pro ar, erguer a cabeça, esbanjar um sorriso, pensar em tudo aquilo (e aqueles) que você tem, que te faz feliz e... RECOMEÇAR !