domingo, 27 de maio de 2012

Soneto de Fidelidade




De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


[Inspiração: Tiago Galdino]

Um comentário:

  1. Esse poema é uma oração, de verdade! E que sim, que não seja imortal, posto que é chama, mas infinito enquanto dure, não é? E que dure o tempo que o pra sempre poder existir.
    Linda você!

    ResponderExcluir